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Binance confisca criptomoedas de palestinos a pedido de Israel, diz fonte da indústria

Exchange nega acusações e especialista cita medo de restrição acontecer com libanenses e sírios

27 AGO 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 18h15
Foto: Reprodução (Kanchanara / Unsplash)

A Binance, uma das maiores exchanges globais de criptomoedas, estaria confiscando fundos de palestinos a pedido das Forças de Defesa de Israel (IDF), de acordo com informações reveladas por Ray Youssef, cofundador da plataforma de criptomoedas Paxful e CEO da Noones.  

Em uma postagem no X, antigo Twitter, na segunda-feira (26), Youssef afirmou que a Binance bloqueou todos os fundos de palestinos e que se recusa a devolvê-los. Ele citou diversas fontes, incluindo uma carta das autoridades israelenses passada pela exchange. 

“Todos os palestinos foram afetados, e, pelo andamento das coisas, todos os libaneses e sírios receberão o mesmo tratamento”, afirmou Youssef. “Sem suas chaves, sem suas moedas”. 

De acordo com Youssef, a Binance baseou sua decisão em uma carta assinada em novembro de 2023 pelo Gabinete Nacional de Israel para o Combate ao Financiamento do Terrorismo, Paul Landes.  

A carta, escrita em hebraico, argumenta que as leis antiterrorismo permitem a apreensão temporária de propriedade, incluindo criptomoedas, associadas a organizações terroristas.  

A comunicação afirmava: “De acordo com a lei antiterrorismo, as criptomoedas transferidas por uma organização terrorista declarada constituem propriedade de uma organização terrorista declarada, e as carteiras de criptomoedas para as quais foram transferidas fazem parte disso.” 

Em resposta às alegações, a Binance negou ter bloqueado fundos de todos os palestinos. A exchange afirmou que apenas algumas contas palestinas associadas a atividades ilícitas foram restringidas.  

Em um comunicado ao Cointelegraph, a Binance destacou: “Há algumas declarações incorretas sobre isso. Apenas um pequeno número de contas de usuários, vinculadas a fundos ilícitos, foram impedidas de realizar transações.”