CBDC

Deputada do PL propõe manutenção do papel-moeda e restrição ao uso de moeda digital no Brasil

Proposta quer garantir a liberdade dos usuários e impedir a extinção do papel-moeda em meio à implementação de moedas digitais, como o Drex,

2 OUT 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 14h44
Reprodução: ViniLoures/Agência Câmara - Reprodução: ViniLoures/Agência Câmara

A deputada federal Júlia Zanatta (PL) apresentou no final de agosto o Projeto de Lei (PL) 3.341/2024, que procura proibir a extinção do papel-moeda em território nacional e tornar facultativa a adoção da moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC), como o Drex.  

A proposta está em análise na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) e busca limitar o controle da autoridade monetária sobre as transações digitais, defendendo o direito de escolha dos cidadãos. 

O papel-moeda “é essencial para garantir a liberdade econômica, pois oferece um meio de pagamento acessível e confiável para todas as camadas da sociedade, incluindo aquelas que não têm acesso à tecnologia digital”, defendeu Zanatta em sua justificativa. 

O PL 3.341/2024 é composto por sete artigos que se concentram em preservar a liberdade econômica dos indivíduos e em resguardar a privacidade nas transações financeiras.  

Dentre as principais medidas, destacam-se as previstas nos parágrafos únicos dos artigos 3º e 4º, que estipulam que a moeda digital não será de uso obrigatório, tanto para os operadores do Sistema Financeiro Nacional quanto para os consumidores finais.  

Isso significa que, caso aprovada, a legislação garantirá que o Drex e outras CBDCs não sejam impostos, oferecendo aos cidadãos a opção de escolher entre o uso de moeda digital ou dinheiro físico. 

Além disso, o projeto também determina que o Banco Central não terá acesso direto às informações de transações e saldos de contas privadas, exceto nos casos já previstos na legislação vigente para operações com moeda convencional. Essa medida é vista como uma tentativa de evitar o monitoramento excessivo das atividades financeiras dos brasileiros.