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Alexandre de Moraes autoriza retorno do X ao Brasil após pagamento de R$ 28,6 milhões em multas

Após cumprir exigências legais e pagar multas, a rede social X foi autorizada a retomar suas operações no Brasil, com retorno previsto nas próximas 24 horas.

8 OUT 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 19h20
Foto: Reprodução (Julian Christ/ Unsplash)

Nesta terça-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o retorno da rede social X, antigo Twitter, às suas atividades no Brasil.  

A decisão veio após a empresa de Elon Musk, que controla a plataforma, ter pagado integralmente as multas impostas pelo descumprimento de decisões judiciais e por violar a legislação brasileira, incluindo o Marco Civil da Internet. 

Moraes declarou: "Decreto o término da suspensão e autorizo o imediato retorno das atividades do X Brasil Internet Ltda. em território nacional." Com isso, a plataforma, que estava bloqueada desde o final de agosto, pode finalmente voltar a operar no país. 

Apesar da autorização imediata, o retorno do X não será automático. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) precisa notificar as operadoras de internet em todo o país sobre a liberação do serviço.  

Como existem mais de 20 mil provedores no Brasil, esse processo pode levar tempo. Porém, o ministro determinou um prazo de 24 horas para reativação do X no país.  

A rede social foi bloqueada após se recusar a nomear um representante legal no Brasil e a cumprir ordens judiciais para remover perfis investigados. Agora, com todas as multas pagas e as exigências atendidas, a plataforma está legalmente apta a retomar suas operações. 

O valor total das multas pagas pela X chega a R$ 28,6 milhões. Deste montante, R$ 18,35 milhões foram aplicados por descumprimento de decisões judiciais relacionadas à remoção de perfis, sendo R$ 11 milhões pela Starlink, outra empresa de Elon Musk, e R$ 7,3 milhões pela própria rede social X.  

Além disso, foram pagos R$ 10 milhões por conta de uma manobra da empresa que permitiu a volta da plataforma no Brasil sem autorização, e outros R$ 300 mil foram aplicados à representante legal da empresa no país, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição.