Bitcoin é negociado acima de US$ 80 mil! O que influenciou novos recordes?

Com o apoio de Trump ao setor cripto e um Congresso favorável, o Bitcoin ultrapassa US$ 80 mil

No domingo (10), o Bitcoin (BTC) registrou uma nova máxima histórica ao alcançar US$ 81 mil. O recorde acompanha um rali iniciado após a confirmação dos resultados das eleições nos Estados Unidos, na última terça-feira (5). 

Desde então, a maior criptomoeda não para de crescer. Segundo o CoinMarketCap, o BTC é negociado a US$ 84,1 mil nesta segunda-feira (11). A cotação mostra uma valorização de 22,95% na semana e 5,52% nas últimas 24 horas. 

O que levou o Bitcoin a ser negociado acima de US$ 80 mil? 

A recente valorização do Bitcoin aconteceu com a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. 

A visão pró-cripto do republicano trouxe expectativas de um ambiente político mais acolhedor para a indústria de ativos digitais. 

Historicamente, o Bitcoin apresenta aumentos de valor após as eleições, com retornos nos 90 dias subsequentes em anos como 2012, 2016 e 2020. 

Esse fenômeno é atribuído, em parte, aos ciclos de halving que reduzem a emissão de novos Bitcoins e coincidem com políticas econômicas ajustadas pelo Federal Reserve.

O banco Standard Chartered indicou que, com maioria republicana no Congresso, as chances de aprovação de políticas favoráveis aos criptoativos aumentam.

Apoio de Trump ao Bitcoin e reação positiva do mercado

Antes cético em relação ao Bitcoin e aos criptoativos em geral, Trump alterou sua posição nos últimos meses. Durante a campanha, o republicano apoiou o setor cripto e foi apoiado pelos investidores da área. 

Ele até prometeu a demitir o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Gary Gensler, no “primeiro dia” do novo mandato.  

Para Valter Rabelo, head de ativos digitais da Empiricus Research, o atual cenário político dos Estados Unidos representa o “cenário perfeito” para o setor.  

"Tivemos uma vitória monumental para o cripto em termos políticos, não só pela vitória de Trump, que é pró-cripto, mas também pela composição do Congresso Americano, que no momento elegeu 235 candidatos pró-cripto contra 112 anti-cripto, e no Senado, 14 pró-cripto contra 9 anti-cripto", destacou Rabelo.