Banco Central quer um ambiente que permite transparência e interação com o Drex
Coordenador do projeto explica que a moeda digital brasileira visa ampliar o acesso aos serviços financeiros
19 NOV 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 15h52Durante o painel "Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção", realizado no Criptorama, em São Paulo, Fabio Araújo, coordenador do projeto de criação do Drex no Banco Central, detalhou os planos da moeda digital brasileira.
"O mercado está utilizando tecnologias de ativos digitais para gerenciar riscos e atender às diferentes demandas. [...] Estamos trabalhando para garantir que, independentemente do modelo escolhido, a segurança seja preservada dentro desses ambientes”, afirmou Araújo.
Centralização do sistema do Drex
Ao contrário do que se pode pensar, a moeda digital do BC não é totalmente centralizada. Araujo esclareceu que o Drex permite transparência e interação entre os participantes, mas sem concentrar informações em um único ponto.
De acordo com Araújo, o projeto busca ampliar a descentralização ao atrair bancos, fintechs e outras instituições financeiras. O Drex, portanto, não se propõe a substituir os intermediários, mas a incluir mais opções regulamentadas e seguras.
"Sem conhecimento adequado, muitos acabam perdendo dinheiro. Para a maioria, faz mais sentido contar com intermediários regulamentados, que operam sob regras claras e oferecem serviços de forma segura e estruturada. ", disse o coordenador.
Inovação e inclusão financeira
O objetivo do Drex é ampliar o acesso a serviços financeiros, especialmente para pessoas que enfrentam barreiras no modelo atual.
Segundo Araújo, o sistema permitirá a tokenização de ativos como debêntures e títulos públicos, facilitando investimentos e operações financeiras.
“Essa experiência simplificada, somada à facilidade de integração com canais digitais como bancos e corretoras, é um ponto crucial que o DREX busca incorporar ao sistema financeiro tradicional”, destacou.
Desafios do projeto Drex
Araújo também falou sobre os desafios enfrentados pelo Banco Central na implementação do Drex.
Um dos maiores obstáculos é a transição do modelo financeiro tradicional para um ambiente digital mais flexível.
A tendência é replicar práticas antigas, mas isso limita a capacidade de inovação.
"Se fizermos isso, acabamos perdendo a vantagem da inovação e amarrando os novos serviços às limitações das tecnologias anteriores ", afirmou.
Próximos passos do Drex
Segundo Araújo, o cronograma inclui a publicação de resultados da primeira fase do projeto até o final de 2024.
Ele afirmou que até meados de 2025, a equipe fará um sprint de desenvolvimento para ajustar o sistema.