Gary Gensler renuncia à presidência da SEC; saída ocorrerá em janeiro de 2025

Após uma gestão marcada por ações regulatórias contra o setor de criptomoedas, Gensler deixará o cargo coincidentemente com a posse de Donald Trump

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Gary Gensler, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira (21), encerrando sua gestão à frente da agência reguladora após uma série de ações contra empresas do setor cripto. 

Gensler, que liderou a ofensiva regulatória contra a indústria de criptomoedas após o colapso da exchange FTX em 2022, deixará o cargo em janeiro de 2025, coincidindo com a posse de Donald Trump em seu segundo mandato como presidente. 

Em um comunicado, Gensler destacou a importância da SEC. 

“A Comissão de Valores Mobiliários é uma agência extraordinária. A equipe e os comissários são profundamente comprometidos com a missão de proteger os investidores, facilitar a formação de capital e garantir que os mercados funcionem para investidores e emissores igualmente”, afirmou.  

“É uma honra servir com eles em nome dos americanos comuns”, completou. 

Gensler e a regulação de criptomoedas  

Gensler ficou conhecido por sua firme contra o setor cripto, processando empresas como Binance e Coinbase sob a alegação de que a maioria dos tokens negociados violava as regulamentações da SEC.  

Sua gestão foi uma resposta ao crescente mercado de criptomoedas, especialmente após o escândalo envolvendo o colapso da FTX, em 2022. R

Entretanto, a abordagem de Gensler foi criticada por empresas cripto, que afirmam que as leis sobre ativos digitais nos EUA são vagas e dificultam a conformidade com as exigências da SEC.  

O presidente eleito Donald Trump, ao vencer as eleições, prometeu substituir Gensler e acabar com o que chamou de "cruzada anticripto", tornando sua saída inevitável. 

Apesar das críticas, Gensler também foi responsável por avanços para o mercado de criptoativos, como a aprovação dos primeiros ETFs (fundos de índice) de Bitcoin à vista, o que ajudou a impulsionar o preço do Bitcoin a atingir máximas históricas em 2024.