Bradesco anuncia uso de stablecoins para remessas internacionais
Com o uso de stablecoins, Bradesco promete maior eficiência e redução de custos nas remessas internacionais
27 DEZ 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 19h37O Bradesco anunciou que, a partir de janeiro de 2025, começará a realizar suas primeiras remessas internacionais por meio de stablecoins, criptomoedas atreladas a moedas fiduciárias.
A movimentação ocorre em parceria com a empresa de infraestrutura em blockchain Parfin e utilizará o USDC, uma stablecoin lastreada ao dólar americano, emitida pela Circle.
De acordo com Roberto Medeiros, diretor da área internacional e de câmbio do Bradesco, o uso da tecnologia blockchain trará maior eficiência e redução de custos nas transações transfronteiriças.
Parceria e inovação no comércio exterior
As primeiras transações ocorrerão com pelo menos quatro clientes confirmados.
A decisão de adotar a tecnologia surgiu devido à necessidade de alguns exportadores da Bolívia, onde as stablecoins são regulamentadas e facilitaram o recebimento de pagamentos internacionais.
Medeiros afirmou que o uso de stablecoins e blockchain oferece uma alternativa moderna aos sistemas tradicionais de remessa de dinheiro, como o SWIFT, proporcionando maior desintermediação, programa ilidade e eficiência.
Regulamentação e conformidade com o Banco Central
Embora a implementação das stablecoins traga um avanço nas remessas internacionais, Medeiros destaca que todas as transações serão devidamente informadas ao Banco Central (BC).
Em relação à proposta de regulação do BC, que visa limitar os pagamentos e transferências transfronteiriças a US$ 500 mil com stablecoins, o executivo do Bradesco expressou que não acredita que essa medida vá afetar a operação do banco.
O limite seria, de acordo com o BC, aplicável tanto para pessoas físicas quanto para empresas.