Lançamento do Drex adiado devido a desafios de segurança e privacidade
Banco Central revela que problemas de segurança e privacidade adiaram o lançamento da CBDC Drex, com novas fases de testes previstas
26 FEV 2025 • POR Redação MyCryptoChannel • 18h11Parece que o Drex não vem esse ano. De acordo com um relatório publicado pelo Banco Central nesta quarta-feira (26) não há previsão de lançamento da CBDC brasileira devido a problemas com segurança e privacidade dos usuários.
Desafios técnicos do Drex
O documento trata sobre diversos aspectos da plataforma Drex, incluindo governança, escalabilidade, integração com outros sistemas e conformidade regulatória.
Um dos pontos centrais é o chamado "trilema" da privacidade, programabilidade e descentralização, que impõe desafios à adoção da tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology) em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A utilização da tecnologia DLT levanta preocupações sobre a exposição de transações e saldos a todos os participantes da rede. Mesmo com pseudoanonimato da rede, “a privacidade depende da dificuldade de vincular números de contas às identidades reais. Embora isso nem sempre seja simples e direto, é possível, especialmente com o uso de ferramentas analíticas sobre os dados compartilhados”.
Limitações na programabilidade
O documento também destaca dificuldades relacionadas à implementação de contratos inteligentes na rede Drex.
Em blockchain como o Ethereum, por exemplo, a validação das regras de transação é feita por validadores que garantem a autenticidade das partes envolvidas e a existência de saldo para as operações. No entanto, técnicas de criptografia que ocultam informações dificultam a verificação desses requisitos pelos validadores.
Para solucionar esse problema, o BC estabeleceu como principal objetivo da segunda fase do Piloto Drex testar soluções de privacidade.
Próximos passos para o Drex
O BC conclui que a plataforma ainda enfrenta desafios antes de se tornar uma infraestrutura sólida para serviços financeiros. Assim, o órgão também planeja abrir espaço para que participantes do piloto sugiram casos de uso para a nova fase de testes.
"Essa nova etapa permitirá que exploremos aplicações mais abrangentes, enquanto seguimos aprimorando as questões de privacidade", conclui o relatório.