Criptomoedas

Quais são os desafios das criptomoedas no 1T23 e o que esperar para o próximo trimestre?

No cenário internacional, queda do Silicon Valley Bank gerou preocupações para economia global; confira análises e expectativas de especialistas sobre o mercado digital

7 ABR 2023 • POR Redação MyCryptoChannel • 13h00
Foto: Reprodução (Wirestock / Freepik)

O primeiro trimestre de 2023 foi um período desafiador para o mercado financeiro, com destaque para as fraudes - como o caso da brasileira Braiscompany -, que resultou em perdas significativas. Na visão de Rafael Izidoro, CEO e fundador da fintech cripto Rispar, é importante analisar que a queda de empresas fraudulentas é um sinal de que o mercado está se fortalecendo e transparente, o que aumenta a segurança para os investidores.

No cenário internacional, a queda do Silicon Valley Bank gerou preocupações com o contágio na economia global. Felizmente, as autoridades reguladoras tomaram medidas para aumentar a confiança no sistema financeiro, garantindo a estabilidade do mercado. Em contrapartida, o mercado cripto teve uma valorização expressiva, com destaque para o Bitcoin, que subiu mais de 60%, mostrando que os investidores estão buscando refúgio nos ativos digitais.

Já no Brasil, o Real Digital, moeda eletrônica emitida pelo Banco Central, é um dos pontos-chave para o mercado cripto. “Previsto para ser lançado em 2024, deve ter uma aceitação ainda mais rápida do que o sistema de pagamentos instantâneo Pix, que já é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. Isso mostra que o país está atuando como protagonista no mercado de moedas digitais”, pontua Izidoro.

Para o executivo, apesar do cenário de incerteza, a expectativa é positiva para o restante do ano, com a possibilidade de novas altas históricas do Bitcoin e do mercado.

Outras análises para o mercado de criptomoedas no 2T23

Enquanto os bancos quebraram, o bitcoin continuava em alta, chegando a US$ 28 mil, revelando uma confiança de boa parte dos investidores no setor cripto. Tal confiança se dá pelo fato de o bitcoin ser um ativo anticíclico, descorrelacionado ao mercado financeiro tradicional, e pode servir como uma reserva de valor em momentos de turbulência e de crise. Em contrapartida, os desafios no mercado cripto viram, principalmente no que diz respeito à regulação do setor”, explica Thiago Cesar, CEO da Transfero.

Muitas vezes, outros tokens operam para o BTC, como nos casos das stablecoins, utilizadas como base para negociações. Nos derivativos, o Bitcoin também pode ser utilizado como colateral para tradings de margem e alavancagem, assim como no pagamento das taxas de financiamento (funding)”, ressalta João Canhada, fundador da Foxbit.

O caso do Silicon Valley Bank e uma debandada de americanos de bancos pequenos e médios indo para bancos maiores, com medo de que houvesse algum tipo de crise sistêmica e que levasse a quebra de muitas outras instituições financeiras, principalmente as menores capitalizadas, são exemplos”, afirma Paulo Boghosian, Head de Research do TC Pandhora Digital Assets.