domingo, 20 de abril, 2025

Regulamentação

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CVM suspende 936 gestores de carteiras por falta de documentação

Suspensão foi motivada pela não entrega do Formulário de Referência de 2022 e 2023

segunda, 26 de agosto, 2024 - 18:02

Redação MyCryptoChannel

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou a suspensão da autorização para prestação de serviços de administração de carteiras de 936 pessoas físicas e jurídicas do mercado financeiro. Entre essas pessoas, há nomes de destaque do setor como Tiago Reis, fundador da Suno, e José Berenguer, CEO do Banco XP. 

A medida foi tomada pela Superintendência de Supervisão de Investidores Institucionais (SIN) da CVM, em razão da não entrega do Formulário de Referência referente aos exercícios de 2022 e 2023, cujo prazo se encerra em 31 de março de cada ano. A falta de cumprimento dessa exigência regulatória resultou na suspensão de 876 pessoas físicas e 60 jurídicas, segundo o Portal do Bitcoin.  

A CVM esclareceu que as suspensões serão mantidas até que os profissionais e empresas regularizem suas situações, entregando os documentos exigidos. Porém, eles não estão proibidos de realizarem seus trabalhos no mercado financeiros. Estão suspensos apenas de administrar carteiras de investimento. 

Entre os suspensos, destaca-se Tiago Reis, figura conhecida no mercado de criptomoedas por suas críticas ao Bitcoin e outros criptoativos. A lista inclui ainda Aline Sun, cofundadora da Boost e da Guide Investimentos, Caio Ibrahim David, sócio-fundador do Grupo GHT4 e ex-CEO do Itaú BBA, Daniel Spilberg, sócio do BTG Pactual, Eduardo Ventura, head de Sales Ultra do Bradesco Global Private Bank, e Fernando Beyruti, CEO do Itaú Private Banking. 

Para os que pretender reverter a suspensão, deverão enviar um recurso com pedido fundamentado incluindo comprovação do envio das obrigações periódicas em atraso.  

 

Regulamentação

Novidades com Trump: SEC cria nova unidade para combater fraudes em criptomoedas

Novo órgão substituirá a Crypto Assets and Cyber Unit e contará com cerca de 30 especialistas

quinta, 20 de fevereiro, 2025 - 15:18

Redação MyCryptoChannel

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A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) anunciou a criação da Unidade de Tecnologias Cibernéticas e Emergentes (Cyber and Emerging Technologies Unit, em inglês), um novo órgão dedicado a combater fraudes e crimes no setor de criptomoedas. 

A nova unidade substituirá a Crypto Assets and Cyber Unit e contará com uma equipe de aproximadamente 30 especialistas em fraudes e advogados da SEC.

Em anúncio desta quinta-feira (20), o regulador afirmou que trabalhará para “erradicar aqueles que buscam usar indevidamente a inovação para prejudicar investidores e diminuir a confiança em novas tecnologias”.

A liderança ficará a cargo de Laura D'Allaird, conhecida por atuar em casos de regulação financeira, como o processo contra a Kik Interactive em 2020. 

Unidade de Tecnologias Cibernéticas e Emergentes

Para presidente interino da SEC, Mark T. Uyeda, o novo orgão “não apenas protegerá os investidores, mas também facilitará a formação de capital e a eficiência do mercado, abrindo caminho para o crescimento da inovação”.

De acordo com o documento desta quinta-feira, a Unidade de Tecnologias Cibernéticas e Emergentes, atuará nas áreas: 

  • Fraude cometida usando tecnologias emergentes, como inteligência artificial e aprendizado de máquina
  • Uso de mídias sociais, dark web ou sites falsos para perpetrar fraudes
  • Hacking para obter informações materiais não públicas
  • Aquisições de contas de corretagem de varejo
  • Fraude envolvendo tecnologia blockchain e criptoativos
  • Conformidade das entidades regulamentadas com as regras e regulamentos de segurança cibernética
  • Divulgação fraudulenta de emissor público relacionada à segurança cibernética

Mudanças na regulação do mercado cripto

A nova unidade da SEC trabalhará em conjunto com a recém-criada Força-Tarefa de Criptomoedas. Durante o mandato de Gary Gensler, ex-presidente da SEC, o órgão intensificou a fiscalização, alegando que a maioria dos ativos digitais se enquadra na definição de títulos financeiros.

No entanto, com a recente reeleição de Donald Trump, um presidente mais favorável ao setor cripto, a SEC busca equilibrar proteção ao investidor e incentivo à inovação. 

Regulamentação

Receita Federal anuncia novas regras para declaração de criptoativos até 2025

Confira as atualizações e novas regras para a declaração de criptoativos que serão publicadas pela Receita Federal até março de 2025

sexta, 10 de janeiro, 2025 - 13:16

Redação MyCryptoChannel

Bitcoin

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A Receita Federal informou nesta quinta-feira (09) que publicará novas regras para a declaração de criptoativos até março de 2025.  

Essas mudanças estarão alinhadas à "DeCripto" — Declaração de Criptoativos — Receita Federal, inserida em Consulta Pública para aprimorar a fiscalização sobre operações envolvendo criptoativos. 

Atualização da IN RFB nº 1.888 

As propostas serão analisadas pela Receita Federal, e ao final, a IN RFB nº 1.888, de 3 de maio de 2019, será atualizada.  

A previsão é que essa revisão ocorra ainda no primeiro trimestre de 2025. 

Integração com o modelo internacional CARF 

A DeCripto incorporará regras e conceitos do Crypto Asset Reporting Framework (CARF), desenvolvido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).  

A nova normativa incluirá informações sobre transferências de criptoativos, avaliação de operações, e diligências necessárias.  

Além disso, o foco será em atividades como transferência do exterior para o Brasil, fracionamento de NFT, e criptoativos referenciados a ativos. 

Criptomoedas terão aumento de impostos? 

Embora não haja aumento nos impostos para investidores de criptoativos, a Receita Federal busca maior rigor nas informações prestadas.  

Transferências acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas deverão ser reportadas, ampliando o controle sobre movimentações financeiras. 

Com a Instrução Normativa RFB nº 2.219/24, anunciada em setembro de 2024, as informações deverão ser enviadas obrigatoriamente via e-Financeira, sistema eletrônico da Receita Federal integrado ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).