sexta, 18 de abril, 2025

SEC

A+ A-

Gary Gensler reflete sobre sua gestão na SEC e as criptomoedas: "ainda há trabalho a ser feito"

Em últimos dias na liderança do SEC, presidente traz comentários sobre sua gestão e os desafios da indústria de criptomoedas

quarta, 08 de janeiro, 2025 - 17:47

Redação MyCryptoChannel

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, destacou seu orgulho pelo trabalho realizado pela agência durante sua gestão, enquanto admitiu que "ainda há trabalho a ser feito".   

Sua declaração ocorre a menos de duas semanas de sua saída, prevista para 20 de janeiro, data da posse do presidente eleito Donald Trump. 

Gary Gensler e criptomoedas  

Durante sua gestão, Gensler foi um crítico da indústria de criptomoedas, classificando-a como um ambiente marcado pela falta de conformidade. Para ele, essa área está "cheia de maus atores”.  

Apesar de reconhecer o potencial tecnológico do setor, ele reiterou que muitos ativos digitais se enquadram como valores mobiliários, exigindo supervisão da SEC. 

Ele também reconheceu o trabalho de seus predecessores, como Jay Clayton, que liderou a SEC de 2017 a 2020 durante o governo Trump. 

“É um campo que se desenvolveu em torno da não conformidade, e estou orgulhoso do que fizemos, construindo sobre o que o presidente Clayton e outros fizeram anteriormente. Ainda há trabalho a ser feito”, afirmou Gensler. 

A gestão de Gensler foi marcada por um aumento nas ações de fiscalização contra empresas de criptomoedas, com cerca de 100 processos movidos durante seu mandato.  

Ele destacou que isso é consistente com as ações de Clayton, que liderou cerca de 80 casos relacionados a ativos digitais. 

Ele também dividiu o setor em duas categorias: o Bitcoin, visto como o ativo mais consolidado, e “todo o resto,” que ele considera uma zona de alto risco e incerteza regulatória. 

"Estou no mercado financeiro há mais de quatro décadas, e tudo nos mercados é negociado com base em uma mistura de fundamentos e sentimento em qualquer momento", afirmou Gensler. "Mas nunca vi um campo tão envolvido em sentimento e não tanto em fundamentos."  

Futuro da SEC 

Com a saída de Gensler, o ex-regulador Paul Atkins foi indicado para assumir o comando da SEC. Conhecido por ser mais receptivo à inovação financeira, Atkins pode trazer uma abordagem diferente, potencialmente menos rígida, à supervisão de criptomoedas. 

SEC

Paul Atkins avança no Senado para SEC e pode transformar regulamentação cripto

Indicação de Atkins pode trazer mudanças regulatórias para ativos digitais

quinta, 03 de abril, 2025 - 17:18

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

O Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos aprovou a nomeação de Paul Atkins para a presidência da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) e isso pode otimizar o setor de criptomoedas. A decisão, tomada em sessão realizada no dia 3 de abril, contou com 13 votos favoráveis e 11 contrários. 

O presidente do comitê, senador Tim Scott, argumentou que Atkins traria "clareza muito necessária para ativos digitais". Por outro lado, a senadora Elizabeth Warren manifestou preocupação com a indicação. 

Ela alegou que a nomeação poderá favorecer figuras polêmicas como o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, e o CEO da Tesla, Elon Musk, que, segundo ela, buscam enfraquecer agências regulatórias. 

Mudanças na SEC 

A indicação de Atkins está alinhada às promessas de campanha de Donald Trump, que afirmou que demitiria Gensler no primeiro dia de seu segundo mandato. Sob a gestão interina de Mark Uyeda, a SEC abandonou várias ações contra empresas de criptoativos, incluindo processos contra companhias cujos executivos contribuíram para a campanha de Trump, como a Ripple Labs.

Caso aprovado pelo Senado, Atkins exercerá dois mandatos consecutivos: o primeiro, assumindo o restante do período de Gary Gensler, que se encerra em junho de 2026; e o segundo, com duração até 2031. A decisão ocorre em um momento de incerteza regulatória, especialmente no setor de criptoativos.

Outras nomeações 

O comitê também aprovou outras nomeações, incluindo Jonathan Gould como Controlador da Moeda, Luke Pettit como Secretário Assistente do Tesouro e Marcus Molinaro como Administrador Federal de Trânsito. A sessão teve participação limitada de democratas, com Warren representando ausentes por meio de procuração. 
 

Stablecoins

USDC é a stablecoin mais adquirida na América Latina em 2024, superando o Bitcoin

De acordo com levantamento da Bitso, USDC se torna a moeda mais comprada na América Latina e no Brasil por preocupações com economias locais

sexta, 14 de março, 2025 - 13:10

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

Pela primeira vez, a stablecoin USDC, lastreada no dólar americano, foi o criptoativo mais adquirido pelos investidores da América Latina no ano 2024, de acordo com a pesquisa Panorama Cripto na América Latina, realizada pela exchange Bitso. 

A pesquisa revela que a USDC representou 24% do volume total de compras de criptoativos na região no último ano, superando o Bitcoin (BTC), que teve 22%.

As stablecoins dominaram as compras de criptoativos na América Latina, representando 39% do volume total, uma valorização em relação aos 30% registrados em 2023. 

A USDT, outra stablecoin, ocupou a terceira posição com 15%, demonstrando uma preferência crescente por essas moedas digitais atreladas a ativos tradicionais.

Crescimento das stablecoins no Brasil

No Brasil, a tendência observada na América Latina se repete. As stablecoins, USDC e USDT, representaram 26% das aquisições de criptomoedas em 2024, com o Bitcoin ficando em segundo lugar com 22% das compras. 

O estudo também apontou um aumento significativo nas memecoins, com destaque para o token PEPE, que viu um crescimento de 12 pontos percentuais na participação nas carteiras dos investidores brasileiros em comparação com 2023. 

Para Bárbara Espir, Country Manager da Bitso Brasil, isso é sinal do amadurecimento do mercado brasileiro, com os investidores se tornando mais experientes e diversificando suas carteiras de ativos digitais.

O que impulsiona o sucesso das stablecoins?

As stablecoins são criptomoedas cujo valor está atrelado a outros ativos, como o dólar, o real ou commodities como o ouro. O principal objetivo dessas moedas digitais é manter um valor estável, facilitando a circulação de valores na blockchain.

A pesquisa da Bitso aponta que, em 2024, a instabilidade econômica em países da América Latina, como Brasil, Argentina, Colômbia e México, impulsionou a adoção das stablecoins. 

A desvalorização das moedas locais em relação ao dólar fez com que investidores buscassem essas moedas digitais como uma forma de proteger seu poder de compra e dolarizar seus portfólios.