domingo, 20 de abril, 2025

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Bitcoin vai acabar com o dólar? Analistas do Citi afirmam que stablecoins reforçam moeda americana

Reservas em dólares e títulos americanos colocam stablecoins como aliadas do sistema financeiro tradicional

quarta, 11 de dezembro, 2024 - 16:22

Redação MyCryptoChannel

Analistas do Citi afirmam que as stablecoins, em vez de desbancar o dólar americano, estão ajudando ainda mais sua posição no cenário global.  

Segundo o relatório divulgado, as stablecoins — que representam mais de 80% do volume de negociação de criptomoedas — desafiam a ideia inicial de que o Bitcoin (BTC) poderia enfraquecer a hegemonia do dólar. 

“Criptomoedas como o bitcoin foram concebidas como rivais das moedas emitidas por bancos centrais. De fato, alguns acreditavam — e continuam a acreditar — que o bitcoin poderia acabar com a hegemonia do dólar americano”, disseram os analistas.  

Para eles, “as stablecoins — que respondem por mais de quatro quintos do volume de negociação de criptomoedas — estão desafiando essa narrativa”.  

Papel das stablecoins  

As stablecoins, como Tether (USDT) e Circle (USDC), mantêm reservas em dólares americanos e títulos do Tesouro dos EUA, o que fortalece a posição da moeda norte-americana.  

O Citi destaca que uma maior regulamentação das stablecoins pelo governo dos Estados Unidos poderia não apenas legitimar ainda mais esses ativos, mas também aumentar a demanda por títulos do Tesouro, ampliando a influência do dólar no mercado global. 

"Se for assim, a demanda por letras do Tesouro dos EUA de emissores de stablecoins pode crescer de cerca de 1% das compras hoje", afirmaram os analistas.  

"Em vez de usurpar o dólar, portanto, essa variedade de criptomoeda poderia tornar os dólares mais acessíveis ao mundo e reforçar o domínio global de longa data da moeda dos EUA." 

Adoção crescente das stablecoin  

O impacto das stablecoins é notável em termos de uso.  

Segundo o relatório do Citi, o volume de transações com stablecoins atingiu US$ 5,5 trilhões no primeiro trimestre de 2024, superando os US$ 3,9 trilhões processados pela Visa no mesmo período.  

Essa expansão acelerada levou empresas tradicionais, como Visa e PayPal, a adaptarem suas estratégias, lançando stablecoins próprias ou aceitando transações com stablecoins de terceiros. 

 

Stablecoins

Criptomoedas no Itaú? Banco analisa possibilidade de stablecoin própria

Guto Antunes, head de ativos digitais do Itaú, relata planos do banco, porém destaca a necessidade de aguardar regulamentação do Banco Central

quarta, 02 de abril, 2025 - 14:26

Redação MyCryptoChannel

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O Itaú quer acompanhar o desenvolvimento do setor de criptomoedas no Brasil. Durante um evento em São Paulo, realizado na quarta-feira (1º), Guto Antunes, head de ativos digitais do banco, afirmou que a instituição estuda maneiras de ampliar sua atuação com Bitcoin (BTC) e stablecoins.

O executivo destacou que as recentes políticas pró-cripto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, somadas à crescente adoção institucional do Bitcoin por empresas e governos, marcam um ponto de mudança no mercado. 

De acordo com Antunes, essa movimentação acelera a integração das criptomoedas ao sistema financeiro tradicional, criando um ecossistema híbrido que combina inovação e segurança regulatória.

Para ele, a principal mudança no debate sobre criptoativos não é mais sua viabilidade, mas sim como os governos podem utilizá-los como instrumentos de controle monetário. No entanto, Antunes ressalta que ainda há muitas incertezas sobre a regulamentação. 

Stablecoins no radar do Itaú

Diante desse cenário, o Itaú estuda a possibilidade de lançar sua própria stablecoin. Antunes revelou que “sempre esteve no radar do Itaú essa questão das stablecoins”. 

"Não podemos ignorar a força que a blockchain tem para liquidar transações de forma atômica, e as stablecoins facilitam todo esse processo", afirmou o executivo. Ele ressaltou que o banco aguarda à Consulta Pública 111/2024 do Banco Central, que pode definir as diretrizes para esse mercado no país.

“Dependemos da consulta para entender o que podemos fazer. As stablecoins já são úteis para o cliente, mas precisamos saber como avançar nesse tema”, destacou o executivo. 

Debate sobre autocustódia e regulamentação

Um dos pontos mais polêmicos da regulação proposta pelo Banco Central é a proibição da transmissão de ativos virtuais denominados em moeda estrangeira para carteiras autocustodiadas. Antunes defende que o BC adote um sistema de aprovação de stablecoins, permitindo o controle necessário sem prejudicar a inovação no setor.


 

Stablecoins

Binance descontinua negociação de USDT na União Europeia

Exchange removeu a negociação de USDT e outras stablecoins na EEA devido ao regulamento MiCA

terça, 01 de abril, 2025 - 18:42

Redação MyCryptoChannel

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A Binance descontinuou os pares de negociação spot envolvendo o USDT da Tether na Área Econômica Europeia (EEA), conforme o Regulamento de Mercados em Criptoativos (MiCA). A mudança faz parte de um plano anunciado em março, que estabelecia o fim da negociação desses tokens até 31 de março de 2025.

Binance segue novas regras para stablecoins

O regulamento MiCA, que quer padronizar o mercado de criptoativos na União Europeia, impõe restrições a stablecoins que não se adequam aos critérios estabelecidos. Como resultado, a Binance removeu diversos pares de negociação spot, incluindo tokens como Dai (DAI), TrueUSD (TUSD), Pax Dollar (USDP) e TerraClassicUSD (USTC).

Apesar disso, usuários da Binance na EEA ainda podem armazenar esses ativos em suas carteiras e negociá-los em contratos perpétuos, o que mantém algumas opções para investidores que utilizam essas stablecoins.

Outras exchanges seguem o mesmo caminho

A Binance não foi a única plataforma a remover pares de negociação spot de stablecoins não conformes com o MiCA. A Kraken também anunciou restrições semelhantes e, desde 24 de março, limitou o USDT ao modo de venda na EEA, impedindo novos depósitos ou compras do token na região.

O plano de deslistagem da Kraken incluiu cinco tokens principais: USDT, PayPal USD (PYUSD), Tether EURt (EURT), TrueUSD e TerraClassicUSD. A decisão da exchange reforça a necessidade de adaptação ao novo cenário regulatório europeu.