De acordo com economistas e analistas do Banco de Compensações Internacionais (BIS), as stablecoins estão longe de atender às expectativas de estabilidade, cujo nome sugere.
Em um relatório publicado nesta quarta-feira (8), a instituição financeira internacional levanta preocupações sobre a capacidade das stablecoins de manterem sua paridade, destacando que isso não acontece de maneira consistente.
Busca por alternativas de pagamento
Nos últimos anos, as stablecoins ganharam destaque como uma alternativa atraente para moedas tradicionais e criptomoedas voláteis, como o Bitcoin (BTC). A ideia por trás dessas moedas digitais é oferecer estabilidade, servindo como um meio de troca confiável. No entanto, o relatório do BIS lança dúvidas sobre a capacidade dessas criptos de cumprir essa promessa.
Olhar crítico sobre stablecoins
O relatório do BIS não poupou críticas e analisou várias stablecoins amplamente reconhecidas, incluindo Pax Gold (PAXG), Tether (USDT) e USD Coin (USDC). A análise revelou que a paridade dessas moedas com ativos fiduciários está longe de ser mantida, resultando em flutuações frequentes de valor.
Colapso da stablecoin da Terra (LUNA) e consequências
O relatório também fez referência ao colapso da stablecoin UST, emitida pela plataforma Terra (LUNA). Esse evento causou ondas de choque em todo o mercado digital e resultou em perdas significativas para investidores no ano passado. Essa instabilidade, segundo o BIS, coloca em evidência a fragilidade dessas moedas e sua incapacidade de manter uma paridade sólida.
Desvalorizações frequentes
Além do relatório do BIS, a Moody's Analytics também se manifestou sobre o tema, divulgando um texto na última segunda-feira (6). Segundo a Moody's, as stablecoins lastreadas em fiduciários sofreram desvalorizações e perderam sua paridade com o ativo ao qual estavam atreladas em nada menos do que 609 vezes somente neste ano. Esse dado alarmante levanta questionamentos sobre a confiabilidade dessas moedas digitais.