sexta, 11 de abril, 2025

Stablecoins

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Relatório do CPMI adverte sobre desafios das stablecoins em pagamentos internacionais

Criadores de padrões alertam que nenhum desses ativos atende regulamentações nacionais

terça, 31 de outubro, 2023 - 10:21

Redação MyCryptoChannel

A busca por uma solução ideal no mundo das stablecoins ganha destaque, enquanto o Comitê de Infraestruturas de Pagamentos e Mercados (CPMI), responsável por estabelecer padrões para o Banco de Compensações Internacionais, levanta preocupações em seu recente relatório.

 

Nenhuma stablecoin atende aos requisitos regulatórios

O CPMI, que exerce uma função crítica na regulamentação das transações financeiras, destacou que nenhuma das stablecoins existentes atende aos requisitos regulatórios relevantes. Isso lança uma sombra de incerteza sobre as alegações de que essas moedas poderiam revolucionar as transferências internacionais, agilizando as transações e reduzindo os custos associados.

 

Potencial e desvantagens

Embora as stablecoins tenham sido promovidas por seus proponentes como uma solução para pagamentos internacionais mais eficientes, o CPMI adverte que as desvantagens superariam os benefícios.

 

As preocupações sobre a segurança, estabilidade e conformidade regulatória das stablecoins são questões que precisam ser abordadas antes que elas possam ser consideradas uma alternativa viável para os métodos de pagamento tradicionais.

 

Padrões globais em desenvolvimento

A crescente popularidade das stablecoins, agravada pelo Meta e o lançamento da TerraUSD (UST), uma stablecoin de bilhões de dólares desvinculada do dólar americano, levou o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) a assumir a responsabilidade de estabelecer padrões globais para o setor. Em fevereiro, o FSB alertou que as stablecoins existentes não estão alinhadas com as diretrizes a serem estabelecidas.

Stablecoins

Binance descontinua negociação de USDT na União Europeia

Exchange removeu a negociação de USDT e outras stablecoins na EEA devido ao regulamento MiCA

terça, 01 de abril, 2025 - 18:42

Redação MyCryptoChannel

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A Binance descontinuou os pares de negociação spot envolvendo o USDT da Tether na Área Econômica Europeia (EEA), conforme o Regulamento de Mercados em Criptoativos (MiCA). A mudança faz parte de um plano anunciado em março, que estabelecia o fim da negociação desses tokens até 31 de março de 2025.

Binance segue novas regras para stablecoins

O regulamento MiCA, que quer padronizar o mercado de criptoativos na União Europeia, impõe restrições a stablecoins que não se adequam aos critérios estabelecidos. Como resultado, a Binance removeu diversos pares de negociação spot, incluindo tokens como Dai (DAI), TrueUSD (TUSD), Pax Dollar (USDP) e TerraClassicUSD (USTC).

Apesar disso, usuários da Binance na EEA ainda podem armazenar esses ativos em suas carteiras e negociá-los em contratos perpétuos, o que mantém algumas opções para investidores que utilizam essas stablecoins.

Outras exchanges seguem o mesmo caminho

A Binance não foi a única plataforma a remover pares de negociação spot de stablecoins não conformes com o MiCA. A Kraken também anunciou restrições semelhantes e, desde 24 de março, limitou o USDT ao modo de venda na EEA, impedindo novos depósitos ou compras do token na região.

O plano de deslistagem da Kraken incluiu cinco tokens principais: USDT, PayPal USD (PYUSD), Tether EURt (EURT), TrueUSD e TerraClassicUSD. A decisão da exchange reforça a necessidade de adaptação ao novo cenário regulatório europeu. 
 

Stablecoins

USDC é a stablecoin mais adquirida na América Latina em 2024, superando o Bitcoin

De acordo com levantamento da Bitso, USDC se torna a moeda mais comprada na América Latina e no Brasil por preocupações com economias locais

sexta, 14 de março, 2025 - 13:10

Redação MyCryptoChannel

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Pela primeira vez, a stablecoin USDC, lastreada no dólar americano, foi o criptoativo mais adquirido pelos investidores da América Latina no ano 2024, de acordo com a pesquisa Panorama Cripto na América Latina, realizada pela exchange Bitso. 

A pesquisa revela que a USDC representou 24% do volume total de compras de criptoativos na região no último ano, superando o Bitcoin (BTC), que teve 22%.

As stablecoins dominaram as compras de criptoativos na América Latina, representando 39% do volume total, uma valorização em relação aos 30% registrados em 2023. 

A USDT, outra stablecoin, ocupou a terceira posição com 15%, demonstrando uma preferência crescente por essas moedas digitais atreladas a ativos tradicionais.

Crescimento das stablecoins no Brasil

No Brasil, a tendência observada na América Latina se repete. As stablecoins, USDC e USDT, representaram 26% das aquisições de criptomoedas em 2024, com o Bitcoin ficando em segundo lugar com 22% das compras. 

O estudo também apontou um aumento significativo nas memecoins, com destaque para o token PEPE, que viu um crescimento de 12 pontos percentuais na participação nas carteiras dos investidores brasileiros em comparação com 2023. 

Para Bárbara Espir, Country Manager da Bitso Brasil, isso é sinal do amadurecimento do mercado brasileiro, com os investidores se tornando mais experientes e diversificando suas carteiras de ativos digitais.

O que impulsiona o sucesso das stablecoins?

As stablecoins são criptomoedas cujo valor está atrelado a outros ativos, como o dólar, o real ou commodities como o ouro. O principal objetivo dessas moedas digitais é manter um valor estável, facilitando a circulação de valores na blockchain.

A pesquisa da Bitso aponta que, em 2024, a instabilidade econômica em países da América Latina, como Brasil, Argentina, Colômbia e México, impulsionou a adoção das stablecoins. 

A desvalorização das moedas locais em relação ao dólar fez com que investidores buscassem essas moedas digitais como uma forma de proteger seu poder de compra e dolarizar seus portfólios.