A Polícia Federal (PF) está investigando o uso da criptomoeda Tether (USDT) em operações de lavagem de dinheiro. Segundo apurou o Cointelegraph, a stablecoin está sendo utilizada por doleiros e vendedores P2P para enviar dinheiro para o exterior sem pagar impostos.
A investigação da PF revela um esquema complexo que envolve a compra de USDT no Brasil, a remessa para exchanges internacionais, a venda por empresas de fachada e a lavagem de dinheiro através da compra de bens e serviços. A PF e a Receita Federal estão trabalhando juntas desde 2022 para combater esse tipo de crime e garantir o cumprimento da lei.
A Receita Federal faz um levantamento desde 2019 sobre o uso de stablecoins e identificou um crescimento constante nos últimos anos.
O vice-presidente do Sindifisco em Santos, Flavio Prado, disse ao Poder 360 que a segurança das stablecoins levou a criação de um “mercado paralelo” de câmbio. “A pessoa que vai diretamente no Tether está provavelmente muito interessada em remeter esse dinheiro para o exterior”, destacou.
Segundo as investigações, os suspeitos compram grandes quantias de USDT no mercado brasileiro e são enviados para exchanges internacionais, geralmente em países como EUA, Cingapura e Hong Kong.