O Grupo GCB, uma holding especializada no mercado financeiro de capitais, entrou com um pedido de licença de crowdfunding junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para tokenizar recebíveis. A licença permitirá à empresa oferecer tokens de recebíveis, como duplicatas, a investidores por meio de uma plataforma de crowdfunding e recebeu apoio da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).
Segundo o fundador e CEO do GCB, Gustavo Blasco, a empresa visa trazer ao mercado milhões de reais em demanda represada por esse tipo de token. “A ideia é começar lançando tokens de duplicatas. Já temos as duplicatas registradas na Cerc, e agora vamos registrá-las em blockchain prestando todas as informações à CVM”, disse Blasco.
Para ele, “tokenizar ativos de crédito de forma regulada é algo que atrai mais investidores. Acredito que isso vai trazer mais crédito para pequenas e médias empresas”. Porém, o CEO do GCB entende que a operação deve atrair investidores que tem mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras.
O presidente da ABCripto, Bernardo Srur, afirma que a tokenização de recebíveis é um dos casos em que a criptoeconomia pode aumentar a inclusão financeira. Ele ainda diz que “trazer esse mercado para a supervisão da CVM, uma entidade que atua para proteger o interesse da poupança popular, ajudará nisso”.
Essa licença está prevista na Resolução CVM 88, que fala sobre crowdfunding, sendo indicada em julho desse ano pela autoridade reguladora por meio do Ofício Circular CVM/SSE 06/23.