sábado, 23 de novembro, 2024

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Exclusiva: Povos indígenas enxergam Web3 como oportunidade de crescimento e preservação cultural

Conheça iniciativas de indígenas nos blockchains e confira benefícios dessa relação

sexta, 22 de setembro, 2023 - 15:08

Ana Beatriz Rodrigues

A Web3 pode ser uma ótima oportunidade para qualquer pessoa alavancar seus produtos, e pode trazer benefícios em vários sentidos, como impulsionar artes NFTs (tokens não fungíveis). Esse é o caso de alguns povos indígenas do Brasil que aproveitaram esse novo universo para mostrar sua cultura por meio do blockchain. 

 

Projetos no Brasil 

A partir  da tecnologia descentralizada, povos indígenas aproveitam o espaço para trazer sua cultura na Web3, além de proteger suas histórias. Nos últimos anos vários projetos surgiram no Brasil nos últimos anos com esse propósito.  Um exemplo deles é a criação da octaEra, plataforma no metaverso que visa trazer conhecimentos sobre os povos originários do país. 

 

O projeto tem em vista fortalecer as causas indígenas e de preservação da Natureza. Segundo o site da octaEra, essa missão agora acontece “com mais força e expansão, assim permitindo que mais pessoas tenham acesso a estes lugares, conhecimentos e experiências”. 

 

Outro caso é o INDIGENA.ART, que apoia artistas indígenas a criarem seus próprios NFTs. A iniciativa é idealizada pelo profissional de TI e ativista de proteção de direitos dos povos indígenas, Elias Oyxabaten, também criador da moeda digital OYX. Oyxabaten diz que viu “a tecnologia é como um mecanismo de defesa e um mecanismo coar mais forte a voz dos povos indígenas para luta”.

 

A história do projeto começou após as dificuldades enfrentadas por Oyxabaten ao produzir camisetas com estampas. Ele diz que após conhecer a tecnologia, começou a trabalhar com artistas indígenas para mostrar “nosso cotidiano, a nossa vivência, nossas dificuldades e a nossa luta”.

 

A gente lançou a nossa galeria para captação de recursos para a gente poder estar executando ações sociais, executando projetos, captando recursos para o nosso povo e assim também buscando a nossa independência financeira. Assim, a gente pode estar desenvolvendo as atividades dentro da nossa comunidade e assim também preservando a nossa ancestralidade”, destacou Oyxabaten.

 

O INDIGENA.ART visa capacitar artistas com treinamentos sobre esse universo. Após esse suporte, os criadores disponibilizam suas artes à venda na coleção colaborativa do projeto, não havendo necessidade de comissão adicionais. Com as artes publicadas, o projeto também disponibiliza um apoio especializado para compradores e artistas. 

 

O Cinegrafista, Fotografo indígena e idealizador do projeto fotográfico Pamürimasa do INDIGENA.ART, Paulo Desana, afirma que além dos espaços físicos, os virtuais são uma forma desses artistas serem reconhecidos. Para ele, essa divulgação com a tecnologia “faz com que pessoas que trabalham diretamente só no mundo virtual possam conhecer a nossa arte”. 

 

Ele foi para a Web3 com o convite do INDIGENA.ART, mas Desana disse que já tinha curiosidade sobre esse universo antes. O cinegrafista afirma que não sabia como fazer essa migração, então achava melhor ficar nos espaços culturais convencionais. 

 

“Foi bem legal a gente poder ir para esse universo, a qual é uma também, no final das contas, uma forma de divulgar nossa arte”. completou Desana.

 

Complicações e futuro da parceria

Mesmo com esses avanços, ainda há um preconceito com essa relação. Em julho de 2023, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) proibiu uma empresa de criptomoedas de um acordo com indígenas no Pará. O projeto da empresa Green Forever pretendia converter créditos de carbono em tokens.     

 

Em documento obtido pela Folha de São Paulo, a Funai orientou para que o contrato entre a empresa e os suruís aikewaras, da Terra Indígena Sororó, não continuasse. A organização ainda levantou a preocupação para orientar os indígenas sobre os riscos inerentes” da parceria.

 

Porém, é possível tirar muitas vantagens dessa união. Oyxabaten aponta que esse mecanismo pode, sim, ser utilizado pelo lado positivo para as comunidades. 

 

Então eu vi o mecanismo da tecnologia não, como algo que vem acabar com a cultura, mas sim para fortalecer, vem para agregar e ecoar a nossa voz de luta ainda mais para longe no mundo”, destaca.

 

No site da INDIGENA.ART, o impacto ambiental sobre as NFTs é tratado e o projeto alerta sobre as críticas discutidas sobre o processo de mineração de Bitcoin (BTC). A iniciativa fala que adotou a criptomoeda Ethereum (ETH) para realizar vendas, prezando pela diminuição do consumo de energia. 

 

Oyxabaten também ressalta que essa relação é benéfica para as comunidades indígenas, em um processo de preservação da cultura desses povos. Para ele, com o projeto é possível mostrar a realidade dos indígenas para o mundo e salvar também “a nossa cultura, a nossa linguagem, os nossos cantos, as nossas danças, eternizando nossa vivência dentro do blockchain com a tecnologia”.

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MIT e Harvard lançam aceleradora para startups Web3

Ex-alunos das universidades se unem para impulsionar o ecossistema cripto de Cambridge

sexta, 08 de março, 2024 - 16:05

Redação MyCryptoChannel

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O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e ex-alunos de Universidade de Harvard anunciaram o lançamento do MIT x Harvard Blockchain Accelerator, um programa inovador para apoiar startups Web3 em estágio inicial. A iniciativa visa fortalecer o ecossistema cripto de Cambridge. 

O acelerador é um programa não dilutivo e não fará investimentos nas startups participantes. “A aceleradora não obtém nenhum patrimônio nas startups que aceleramos”, explica Sam Lehman, um dos principais contribuidores do programa. "Não buscamos participação acionária nas empresas, mas sim contribuir para o seu sucesso”.  

A equipe de mentores do acelerador reúne nomes de peso do mundo blockchain, incluindo Tieshun Roquerre (fundador do Blur e Blast), Keone Hon e Eunice Giarta (cofundadores da Monad Labs), Kenny Li (cofundador da Manta Network) e Mirza Uddin (chefe de desenvolvimento de negócios da Injective Labs). Além disso, membros de empresas de criptografia como a16z, Avalanche, Dragonfly, Galaxy Digital, Nascent e Polygon também contribuem com o programa. 

Para participar do acelerador, as startups devem ter pelo menos um membro com vínculo ao MIT ou Harvard. Isso inclui alunos (graduação ou pós-graduação), ex-alunos, professores, pesquisadores e funcionários. 

O programa de aceleração terá duração de três meses, com início em abril e término em junho. Para Lehman o objetivo do programa é “tornar os ecossistemas de ex-alunos do MIT e Harvard e o ecossistema criptográfico mais amplo de Cambridge tão fortes quanto possível”. 

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Telefónica e Chainlink se unem para combater ataques de SIM swap e proteger transações Web3

Integração utiliza a API de SIM swap do GSMA Open Gateway e a tecnologia de oráculos da Chainlink

sexta, 16 de fevereiro, 2024 - 10:15

Redação MyCryptoChannel

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Telefónica, gigante espanhola de telecomunicações, e a Chainlink, provedora de oráculos Web3, anunciaram uma parceria estratégica para fortalecer a segurança contra ataques de SIM swap, uma técnica de hacking que visa roubar dados e acessar contas online. 

A colaboração permitirá a "conexão segura" de contratos inteligentes com APIs do GSMA Open Gateway, possibilitando a verificação de dados de diferentes fontes através da Chainlink. Essa integração garante que o cartão SIM de um dispositivo não tenha sido alterado sem autorização, protegendo as transações blockchain e adicionando uma camada de segurança contra fraudes. 

A iniciativa marca o "primeiro caso de uso" da API de SIM swap do GSMA Open Gateway, posicionando a Telefónica como líder na implementação de soluções Web3. Yaiza Rubio Viñuela, diretora de metaverso da empresa, destaca que essa parceria permitirá à Telefónica estar na vanguarda da "web do futuro", ao lado dos desenvolvedores que moldam essa nova era da internet. 

Essa não é a primeira iniciativa Web3 da Telefónica no Web3. Em 2022, a empresa integrou pagamentos com Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras criptomoedas em seu mercado online, e recentemente se uniu à Nova Labs para reduzir custos de infraestrutura e expandir a cobertura no México utilizando a tecnologia blockchain.